O estudante com TEA em tempos de pandemia: dificuldades no processo de ensino-aprendizagem

Abstract

A inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na educação básica configura-se um desafio, principalmente pelas dificuldades em lidar com as heterogeneidades, uma vez que cada criança é única. Tendo em vista o contexto pandêmico e o ensino remoto, acredita-se que este não supriu as necessidades educacionais das crianças com TEA, interferindo no processo de ensinoaprendizagem. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar os impactos do ensino remoto durante a pandemia da Covid 19 para as crianças com TEA focando nas dificuldades encontradas pelos professores para desenvolver as atividades escolares de tais crianças durante a pandemia. Para a realização do processo metodológico utilizou-se entrevistas semi-estruturadas com uma professora do Ensino Fundamental e uma mãe de aluno com TEA do município de Esperança-PB. Essa entrevista teve como foco principal avaliar o desempenho do aluno com TEA, participante da presente pesquisa, durante a pandemia. Como resultados, observamos que o ponto positivo foi a questão de as famílias poderem acompanhar às crianças e o ponto negativo foi que boa parte das famílias não fez esse acompanhamento, o que prejudicou no avanço do processo de ensinoaprendizagem das crianças com TEA. Na questão da socialização, verificamos que o ensino remoto prejudicou bastante, visto que as aulas presenciais e o convívio com os outros alunos fazem com que os alunos com TEA aprendam a se socializar. Portanto,, evidenciamos como foi difícil o processo de ensino-aprendizagem das crianças com TEA, durante a pandemia, com o ensino remoto emergencial. No entanto, a participação do professor com práticas pedagógicas inclusivas foi essencial para o desenrolar das atividades, bem como o comprometimento dos pais.