Resumo:
O presente trabalho busca estudar a novela esperpêntica do autor Ramón María
del Valle-Inclán Luces de Bohemia (1924), o Teatro do Oprimido (1973) e a Estética do
Oprimido (2009) do dramaturgo Augusto Boal e o poema Espelho do poeta Raniel
Quintans. São três os pilares básicos que fundamentam a presente monografia. Segue o
primeiro: Em Luces de Bohemia surge uma nova visão da realidade sob uma perspectiva
estética, provocada pela metáfora do espelho côncavo e do termo esperpento. A segunda
base deste trabalho surge com o Teatro do Oprimido e sua Estética, apresentaremos a
metodologia utilizada pelo dramaturgo na concretização de abordagens sobre questões
sociais onde o autor cria a imagem de uma árvore (a que ele chama de Árvore do Teatro
do Oprimido) com fundamentos primordiais para o desenvolvimento humano nas suas
variadas esferas. O autor utiliza Jogos e algumas técnicas teatrais como: o Teatro
Imagem, o Teatro Jornal, o Teatro Fórum, o Teatro Legislativo, o Teatro Invisível, as
Ações Diretas e as técnicas terapêuticas do Arco- íris do Desejo. E por fim o terceiro
fundamento que sustenta esta pesquisa: o poema Espelho do poeta Raniel Quintans, que
retrata a experiência do eu em busca do conhecimento de si apresentando semelhanças
com o dramaturgo Boal e com Valle-Inclán em sua obra esperpêntica, mesmo sendo de
outra época. O espelho é este elo presente em todas as obras que apresentamos neste
trabalho como elemento de denúncia. Os autores buscam a cada ação promover no
indivíduo o enxergar-se, o conhecer-se. Assim, relacionamos estas três gerações em
diferentes épocas com o mesmo afã artístico.
Descrição:
PEREIRA, L. A. Vallen Incán, Augusto Boal e Raniel Quintans: três gerações em diferentes regiões e o mesmo afã artístico. 2015. 53f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras /Espanhol)- Universidade Estadual da Paraíba, Monteiro, 2015.