Resumo:
Apresentamos a obra da monja mexicana Sóror Juana Inés de la Cruz (1648 – 1695) que
viveu no século XVII na Nova Espanha. Juana Inés é considerada por muitos um expoente do
movimento feminista, mesmo antes da institucionalização do movimento como militância
política e social. Inquirindo sobre a importância da poetisa mexicana no feminismo, esse
trabalho postula dialogar a lírica e a prosa da monja com a teoria filosófica de Michel
Foucault e Margareth Rago, bem como com a teoria e a crítica literária de Octavio Paz.
Destacamos o ímpeto de uma mulher que ousou em contrapor-se ao pensamento
predominante do seu tempo. Esse trabalho disserta sobre a luta de Sóror Juana por direitos
iguais entre os sexos feminino e masculino. Sua obra é a materialização, sem eufemismos, de
um pensamento à frente de seu tempo. Por isso, em nome dessa relação e desse feminismo
antes do próprio feminismo, historicizamos e pontuamos o lugar da mulher na história do
Ocidente, mais especificamente no contexto latino-americano. Ademais, relacionamos a
história do movimento feminista com a luta de Juana Inés, advogando que a mesma tinha
como proposta a possibilidade de novos modos de subjetividades que resistissem aos modelos
normativos de condutas de seu tempo. Para isso, relacionamos suas teorizações filosóficas
com as propostas éticas do último Foucault, as quais são reafirmadas por Rago. Para concluir,
pontuamos os conceitos de ética, de resistência, de coragem da verdade, de escrita de si e de
feminismo no contexto da análise da obra da poetisa mexicana.
Descrição:
ANDRADE, M. S. S. Sóror Juana Inês de la Cruz: uma precursora do feminismo na literatura hispânica. 2012. 49f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras/Espanhol)- Universidade Estadual da Paraíba, Monteiro, 2012.