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A parcela da população que possui deficiência visual é frequentemente excluída da sociedade, por vezes, pela simples indiferença para com os mesmos. Isto, infelizmente, afeta o cotidiano dos alunos deficientes visuais, principalmente quando se trata de educação. Nesse sentido, nossa pesquisa se deu a partir de trabalhos desenvolvidos em um Projeto do Observatório da Educação (OBEDUC/CAPES), o qual teve perfil colaborativo entre as Universidades UFMS, UEPB e UFAL, sendo a UEPB a que fomos membro, especificamente na Equipe Educação Matemática e Deficiência Visual.Com isso, objetivamos utilizar materiais manipuláveis relacionados à prática escolar no ensino da Matemática, especificamente no ensino da Geometria. Os sujeitos participantes foram 23 alunos, entre eles videntes, baixa visão e cegos do 6º, 7º, 8º e 9º anos da E.E.E.F.M Senador Argemiro de Figueiredo, localizada na cidade de Campina Grande, Estado da Paraíba. O material manipulável que utilizamos para a realização de nossa pesquisa foi o Jogo da Velha, com o intuito de apresentar para os alunos novas possibilidades de se trabalhar conteúdos geométricos. Como pesquisa qualitativa, os instrumentos utilizados foram questionário grupal e individual, observação participante, notas de campo, filmagens, fotos, além da proposta didática e Tabuleiro do Jogo da Velha com peças geométricas adaptadas, por nós confeccionadas. Concluímos, com a realização de nossa pesquisa, o quanto foi produtivo aplicar a proposta didática com materiais manipuláveis, especialmente o Jogo da Velha, e o quanto a aplicação da proposta didática melhorou a compreensão dos conceitos geométricos pelos alunos cegos, baixa visão e videntes. Acreditamos que nossa pesquisa possa vir a contribuir ao ensino e aprendizagem de alunos deficientes visuais, pois pudemos presenciar o quanto o uso de materiais manipuláveis influencia na aprendizagem de qualquer aluno que tenha dificuldade em desenvolver conceitos matemáticos. Por meio desses materiais manipuláveis esperamos que os alunos se sintam em um processo inclusivo, assim como se sentiram os alunos participantes de nossa proposta didática. |
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