Resumo:
O Brasil é um dos grandes produtores de cerveja do mundo gerando grande quantidade de resíduos agroindustriais. Esse trabalho visa buscar formas alternativas para o aproveitamento do resíduo gerado na produção de cerveja, utilizando-os como biomassa seca para servir como bioadsorvente de compostos orgânicos. A adsorção é um processo de separação e purificação, sendo um método eficaz no tratamento de efluentes com poluentes orgânicos. Foram realizadas avaliações de isoterma de equilíbrio e cinética. Para a primeira etapa, cinética de adsorção, foram realizadas 3 experimentos, cada uma com 12 amostras de soluções com 8,6mL; 12,0mL e 15,6mL de gasolina com 40mL de água. Colocou-se sob agitação por 5 minutos até a máxima mistura das duas substâncias, em seguida, adicionou-se a biomassa seca e a cada 5 minutos uma amostra foi retirada. Na segunda etapa do processo, isoterma de equilíbrio, foram realizadas 10 concentrações diferentes de água com agente contaminante gasolina com variação de 5 a 50% do agente contaminante e colocado sob agitação por 5 a 60 minutos para mistura das substâncias. Na adsorção em leito diferencial, foram realizados 3 amostras de concentrações diferentes de água/gasolina com variação de 5,0, 7,5 e 10,0% do agente contaminante, em seguida, adicionou-se a biomassa seca durante um tempo de até 120 minutos. Para a cinética de adsorção descreveu que o bagaço adsorveu de forma satisfatória quase 50% do total do seu contaminante. Já na isoterma de equilíbrio obteve-se um resultado satisfatório com capacidade máxima de adsorção de 10,1mL/g, e no sistema de leito diferencial os resultados para as concentrações estudadas, o bagaço adsorveu quase todo o contaminante, apresentando como um bom adsorvente de composto orgânico, sugerindo estudos futuros, mais aprofundados com o bagaço de cerveja, como aplicação de outras variações de concentrações para melhor análise da máxima adsorção.
Descrição:
AMORIM, F. V. Estudo do poder adsortivo do resíduo gerado na produção de cerveja utilizando sistema em leito diferencial. 2016. 50f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Química Industrial)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.