Resumo:
Mesmo depois de 52 anos de ocorrido, o tema Ditadura Militar não se apresenta de
forma inesgotável, pelo contrário, há muitas lacunas, muitos mistérios para desvendar
sobre esse capítulo obscuro da História do Brasil. Para sanar algumas lacunas
empoeiradas pelo tempo, este trabalho tem como objetivo compreender as relações
políticas e socioculturais que se delineavam entre a sociedade e o Estado militarizado
entre 1964 a 1974. Diante disso, o recorrente estudo se entremeará por três esferas
paralelas: primeiro, discutir sobre as fronteiras móveis entre a Nova História Cultural e
a Nova História Política, para a reconstrução e sobrevivência desta. Segundo, rivalizar
de um lado, as músicas de protesto, como instrumento da esquerda contra o regime
vigente; de outro, canções nacionalistas e artistas, que evidenciavam as belezas naturais
do Brasil, os feitos das autoridades políticas atuantes. Por último, abordar o movimento
cultural de Campina Grande, destacando especificamente os festivais. A partir disso,
demonstrando a importância das manifestações culturais e artísticas, como ferramenta
indispensável na consolidação de uma sociedade politicamente dualizada, entre a
esquerda e a direita, possibilitando uma compreensão mais abrangente e concretizada
sobre o contexto histórico da época.
Descrição:
ALMEIDA, M. de. "Amanhã há de ser outro dia": ditadura e música na construção da história da Brasil (1964-1974). 2016. 81f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.