Resumo:
O presente trabalho tem por objetivo propor uma ideia de Estado justo na obra De civitate Dei
de Santo Agostinho. A divisão da humanidade em duas cidades mística, a terrena e a celeste, é
fundamental para conceber esse Estado. Agostinho concebe política e Estado como meios de
fazer a humanidade alcançar a pax temporalis, mas se ocorrer um governo que não esteja
baseado nos preceitos morais, o concordia não existirá e, logo, não haverá justiça. O exemplo
mais claro disso é mostrado por Agostinho nessa obra, quando ele apresenta o Império
Romano decadente nos costumes morais e sem nenhum ensinamento virtuoso, totalmente
entregue aos vícios e paixões. Roma se deteve apenas no culto aos deuses, por meio dos jogos
cénicos, o que lhe acarretou falsas esperanças e desilusão. A partir dessas questões será
lançado os argumentos, extraídos da leitura da obra e de comentadores, sobre a consolidação
de um Estado justo, que neste caso só é possível quando o homem se abre para Deus e se
deixa conduzir pela graça. Assim, o Estado deve ser dirigido por aqueles que compõem a
cidade celeste, pois são os homens que apresentam os requisitos necessários para alcançar tal
objetivo.
Descrição:
COSTA, P. C. da C. A idéia de estado justo no De Civitate dei de Santo Agostinho. 2016. 26f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Filosofia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2016.