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Este artigo apresenta uma análise descritiva dos programas Domingo Espetacular e Fantástico, com objetivo de ressaltar temas relevantes ao jornalismo televisivo que tratam do discurso naturalizado da violência sexual contra as mulheres. A cobertura feita pelas televisões abertas, Globo e Record, em seus programas dominicais, veiculadas nos dias 29 de maio e 05 de junho, repercute o caso do estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro. O estupro aconteceu no dia 21 de Maio de 2016, no qual uma adolescente de 16 anos de idade foi violentada por 30 homens em uma comunidade. Para analisar o tema, recorremos às teorias de Saffioti (1994 e 2004), Bourdieu (1997 e 2010), Scott (1995), dentre outros estudos que serão mencionados no presente artigo. A metodologia empregada nas análises combinou uma revisão bibliográfica e análise de conteúdo, uma vez que a pesquisa se deu de forma exploratória e de cunho qualitativo. Este tipo de pesquisa costuma envolver levantamentos bibliográficos, citações e exemplos que facilitem o entendimento do assunto. Os programas jornalísticos naturalizam a violência sexual sofrida pela adolescente, através da espetacularização midiática, da qual a vítima é tida como culpada e induzida a detalhar cada cena da qual afetam sua honra, isso se afirma nos termos técnicos jornalísticos que foram utilizados nas Entrevistas, Off, Passagem, Cabeça e Sonora dos como “ adolescente diz”, “segundo ela”, “e você tem absoluta certeza que houve um estupro coletivo contra você”?, “Você consegue traduzir fisicamente o que ficou dessa experiência”?, desta forma a televisão banaliza a violência sexual através de sua influência. |
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