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A Síndrome da Imunodeficiência Adquira (Aids), doença que se manifesta em pessoas que contraíram o vírus HIV, teve os primeiros casos identificados nos Estados Unidos, no contexto da década de 1980. No Brasil, a doença atingiu inicialmente homossexuais, profissionais do sexo e usuários de drogas injetáveis, no entanto esse perfil foi se modificando ao longo do tempo e atualmente, a epidemia do HIV/Aids destaca-se por afetar indivíduos que se encontram vulnerabilizados nos diversos aspectos sociais, econômicos e culturais. Passados mais de 30 anos desde seu surgimento caracteriza-se pela heterossexualização, interiorização, pauperização, envelhecimento, feminização e juvenilização. No que se refere especificamente a feminização do vírus, tem aumentado os índices de transmissão vertical, que ocorre de mãe para filho, seja durante a gravidez, no momento do parto ou durante a amamentação. O preconceito e a discriminação em torno da doença, associada à falta de preparo dos profissionais de saúde para lidar com a questão do HIV/Aids, faz com que muitas das pessoas que vivem com a doença sofram processos de estigmatização durante o atendimento. Nessa perspectiva é que o presente estudo teve como objetivo geral analisar a percepção das mulheres vivendo com HIV/Aids que são assistidas no Serviço de Assistência Especializada (SAE), acerca da assistência prestada pelos profissionais de saúde durante o período de gestação e no momento do parto. A pesquisa adotou uma abordagem quanti-qualitativa do tipo analítico- crítica, tendo sido realizada a partir do estudo bibliográfico e da pesquisa de campo. O estudo se deu junto ao Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids e Hepatites Virais do município de Campina Grande- PB, no período de julho a dezembro de 2015, tendo como sujeitos 11 usuárias de tal serviço. Para a coleta de dados utilizamos como instrumentos a entrevista semiestruturada e a observação participante. Na perspectiva de melhor compreender os dados coletados utilizamos a análise de conteúdo enquanto instrumento importante para compreender os significados das falas. |
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