Resumo:
Avaliar, por meio de uma revisão sistemática, a possível associação entre a prática de instrumentos musicais de cordas com arco e sopro e o desenvolvimento de sinais e sintomas de Disfunção Temporomandibular (DTM) em músicos. Materiais e métodos: Pesquisa bibliográfica realizada nas bases de dados PubMed, SciELO, Lilacs, Web of Science e Scopus. Os descritores utilizados em língua inglesa foram extraídos do MESH (Medical Subject Headings – NLM) e compreenderam: “music”; “temporomandibular joint”; “temporomandibular joint disorders”; “temporomandibular joint dysfucntion syndrome”; e “occupational diseases”. Estudos transversais, caso-controle, coorte e ensaios clínicos sobre DTM relacionada à prática de instrumentos musicais foram incluídos. Resultados: A busca bibliográfica identificou 732 trabalhos, dos quais 10 preencheram os critérios de inclusão, sendo nove estudos transversais e um estudo de intervenção clínica. A maioria dos estudos recrutou participantes em orquestras e bandas profissionais de música (33,3%). A prevalência de DTM variou de 47,0% a 89,0%. Todos os trabalhos relataram associação entre DTM e a prática de instrumentos musicais, sendo que violinistas apresentaram taxas de prevalência maiores quando comparados com outros grupos de instrumentos. Conclusão: Todos os estudos demonstraram associação entre DTM e a prática de instrumentos musicais de sopro e cordas. São necessários outros estudos para entender de forma mais aprofundada a relação entre a prática musical e a ocorrência de DTM.
Descrição:
SOUTO, J. M. V. Músicos de sopro e cordas apresentam maior prevalência de disfunção temporomandibular? Uma revisão sistemática. 2017. 27f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2017.