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A história não pode ser vista como um produto pronto e acabado, ela sempre precisa ser revisitada a fim de não ser tomada como algo finalizado e que, portanto, não precisa de reparos ou adendos. Isso também se aplica à história da contabilidade, que revisitada por meio da pesquisa documental, permite a reinterpretação de contextos passados que ajuda a melhor compreender o próprio papel do contador e a necessidade de interagir com outros ramos do conhecimento. Frente ao exposto, este trabalho teve como objetivos apresentar a virtudes éticas do comerciante no Livro III do tratado Libro de l’Arte de la Mercatura de Benedetto Cotrugli, bem como perceber se é possível, na obra citada, identificar elementos que subsidiaram a construção do Código de Ética do Profissional Contador. Empregou-se na pesquisa a metodologia de análise histórico-descritiva, o que a insere no rol da natureza qualitativa, utilizou-se como fonte principal duas edições em italiano da obra de Cotrugli, o que exigiu, para além do estudo bibliográfico, a tradução de passagens previamente selecionadas do Livro III. Apesar da distância temporal e, evidentemente, da forma de expressão linguística, verificou-se que os conceitos presentes no Libro de l’Arte de la Mercatura, tais como o sigilo, a honestidade e a justiça, se mostram imutáveis e perenes, e foram associados de forma satisfatória com o que consta como deveres para o exercício profissional do contador no código de ética da categoria. |
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