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O presente trabalho monográfico aborda de forma analítica o papel feminino na luta armada na Ditadura Militar brasileira, no período compreendido entre 1964 e 1985. Pontos relevantes como os Direitos Humanos, a Justiça de Transição e o Direito à Memória e à Verdade dão norte ao estudo. Pesquisas recentes esclarecem que a presença feminina durante o período ditatorial foi bastante significativa, tendo em vista que, mesmo camufladas no papel de militante política, elas foram bastante ativas e deixaram a sua contribuição na luta contra o regime ditatorial. Problematiza-se, então, quais as normas padrões de Direitos Humanos foram violadas pelos órgãos de repressão. Dados recentes apontam que, o percentual de mulheres denunciadas por participarem da luta armada oscila entre 15% e 20%, chegando até a 24% na Vanguarda Popular Revolucionária. Destarte, resta configurada a necessidade de compreender os diversos direitos que foram violados, seja quando as militantes eram presas e torturadas, colocadas em condições sub-humanas, seja quando desempenhavam o papel de meio de tortura para seus familiares, ou até mesmo quando precisavam esquecer sua identidade para adentrar em Organizações e contribuírem para a queda do Regime. Conclui-se, portanto, que, mesmo diante de todas as adversidades impostas no período, estas não foram suficientes para impedir que a mulher desempenhasse papéis de importância no período ditatorial militar. |
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