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Este artigo analisa as relações entre as transformações societárias e suas inflexões sobre a prática profissional do Serviço Social no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), destacando os limites e as possibilidades que perpassam o cotidiano destes profissionais. A partir de um referencial teórico-metodológico sobre as transformações no âmbito do sistema capitalista atual, destacamos as metamorfoses no mundo do trabalho e seus rebatimentos no Serviço Social. O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) se apresenta como um novo espaço sócio-ocupacional dos assistentes sociais, porém com a presença marcante de contratos precarizados e temporários, em que prevalece a lógica da indicação sem concurso público, repercutindo na garantia dos direitos trabalhistas e previdenciários. Neste estudo, pautado em uma revisão de literatura acerca do tema, constatamos que as condições de trabalho destes profissionais são precárias, pois faltam recursos e compromisso do poder público para o desenvolvimento das atividades institucionais, o que compromete significativamente a efetividade das ações, a qualidade dos serviços prestados e a garantia de direitos sociais para a comunidade. Por outro lado, percebemos que todo este contexto faz parte de um conjunto de estratégias desencadeadas sob a égide da reestruturação produtiva e do ideário neoliberal, que preconizam a flexibilização dos processos e condições de trabalho, torna o trabalhador polivalente, desempenhando várias tarefas. A terceirização também faz parte desse universo, traz consigo um forte caráter ideológico, precarizando ainda mais as condições de trabalho, há a perda da identidade, desmobilizando a classe, a luta é pela permanência e não mais por melhorias no emprego. |
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