Resumo:
Acredita-se que o uso de plantas medicinais durante a gravidez seja responsável por cerca de 1%
das malformações fetais. Embora essa porcentagem pareça pequena, os numerosos totais são
expressivos. O estudo das ações das drogas sobre diversas fases do processo reprodutivo visa
detectar os efeitos da fertilidade, transporte, embriogênese e organogênese, parto e recém-nascido.
O presente trabalho teve como objetivo verificar o conhecimento de gestantes que fazem uso de
plantas medicinais e frequentam a Unidade Básica de Saúde – Plínio Lemos, no município de
Campina Grande, PB. Quanto aos procedimentos metodológicos trata-se de um estudo
etnobotânico no qual foi utilizado o método descritivo-analítico, que permitiu o registro dos
saberes, conhecimentos sobre os efeitos, e toxicidade das plantas medicinais locais utilizadas. A
coleta de dados foi realizada por meio de um formulário semiestruturado. Foram entrevistadas um
total de 18 gestantes que estavam na faixa etária de 17 a 42 anos, estando 55.55% delas na faixa
etária entre 20 e 28 anos. Verificou-se a utilização de plantas medicinais pelas entrevistadas, sem o
conhecimento de suas propriedades, inclusive abortivas. A Erva Cidreira (Melissa officinalis L.),
foi planta mais utilizada pelas gestantes, não possuindo estudos que comprovem qualquer
impedimento na sua ingestão durante a gestação. A quebra-pedra (Phyllanthus niruri L) e boldo
(Peumus Boldus), foi a segunda planta mais utilizada pelas gestantes, possuindo substâncias
tóxicas que atravessam a barreira placentária justificando, desta forma, seus efeitos teratogênicos.
Descrição:
DANTAS, A. G. B. Uso de plantas medicinais por gestantes em uma Unidade Básica de Saúde da Família em Campina Grande – PB. 2018. 37f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2018.