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Este artigo parte da narrativa ficcional e tem por finalidade refletir sobre a
permanência dos discursos presentes no conto A Cartomante como justificativa para a
violência contra mulher na atualidade, bem como analisar o aspecto jurídico presente na
referida obra, através de uma abordagem que relaciona o direito, a literatura e o feminismo,
problematizando ainda o papel da educação no enfrentamento da violência contra as
mulheres. Apresenta os padrões históricos estabelecidos que sujeitam as mulheres à visão
machista e sugere que a educação baseada nos direitos humanos e no repasse de valores que
são aprendidos no dia a dia, além das garantias constitucionais, sejam realmente respeitados e
aplicados aos direitos das mulheres. Assim, foi utilizado como referencial teórico o conto A
Cartomante de Machado de Assis (1884), Fonseca (2012), Schwartz (2006), a Declaração
Universal dos Direitos Humanos (1948), Silveira et al (2007) e se utilizou do método
dedutivo na construção desse trabalho, o que foi feito por meio de uma pesquisa descritiva,
exploratória e de natureza qualitativa. Por fim, foi possível concluir, entre outras reflexões,
que os paradigmas tradicionais que permeiam nossa sociedade e continuam estabelecendo
alguma forma de controle sobre o comportamento das mulheres e das meninas ainda vigoram
através da reprodução dos costumes pautados em valores masculinos e isso requer uma
educação que desconstrua essas práticas. |
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