Resumo:
Antigamente, acreditava-se que viver no campo era sinônimo de qualidade de vida. Hoje existem inúmeros relatos de pessoas que adoecem por causa dos agrotóxicos, principalmente em famílias de agricultores. O objetivo desta pesquisa foi conhecer a percepção dos (as) idosos (as) da UAMA/Campus II sobre o uso de agrotóxicos, transgênicos e seu conhecimento sobre agroecologia. A pesquisa teve uma abordagem qualitativa e foi realizada em Lagoa Seca-PB, na Universidade Estadual da Paraíba. A pesquisa foi realizada em etapas: rodas de conversa, mini-curso de história oral e entrevistas. Utilizou-se como metodologia a história oral. Nas rodas de conversa, foi possível identificar idosos/as para as entrevistas. As entrevistas foram realizadas com 2 idosos e 3 idosas, em suas propriedades. A maioria dos entrevistados conhece os riscos que os agrotóxicos e transgênicos trazem para a saúde, conhecem alguns efeitos que provocam ao ingerirem constantemente, e até mesmo pessoas próximas que já sofreram com uso dos agrotóxicos e relatos de vizinhos e familiares, que ainda se sentem presos a esses alimentos por falta de uma segunda opção, relatam que é ofensivo e que mesmo assim pessoas insistem em plantar. Boa parte dos/as idosos/as participantes desta pesquisa já pratica agroecologia desde o tempo de seus pais, mas não sabem definir. Ficou claro nas entrevistas que antes as pessoas não utilizavam tanto agrotóxicos como atualmente na lavoura e nem em suas pequenas produções, que pragas não eram consideradas pragas, que dificilmente se ficava doente, mas podemos perceber que o comportamento e o pensar mudaram ao longo dos anos
Descrição:
SILVA, M. S. da. Percepções de idosos/as da UAMA/Campus II sobre agrotóxicos, transgênicos e agroecologia através da história oral. 2016. 23f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agroecologia) – Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Agrárias e Ambientais, 2016.