Resumo:
A literatura ao longo dos séculos, possibilita, o resgate do cotidiano da humanidade, dentro de
um determinado contexto temporal e, ao mesmo tempo, espacial, que proporcionou ao leitor
uma diversidade de conhecimentos, princípios e ideologias defendidos pelas pessoas ao galgar
uma direção de valores sociais e culturais existente na sociedade. Na grande maioria das obras
de Nísia Floresta, percebemos o seu ideal social e ideológico em defesa das classes oprimidas
de sua época, a classe feminina, índios e escravos. O poema A Lágrima de um Caeté foi uma
de suas obras que mais se destacou no Brasil (1849), assim, o objeto de análise desse Artigo
de Conclusão de Curso, no entanto não se pode negar a importâncias das demais obras, com
uma visão especial para a inclusão das mulheres na cultura letrada. Este estudo se caracteriza
como sendo uma pesquisa de cunho literário/analítico e bibliográfica, subsidiada sobre as
teorias Scott (2008), Zolin (2005), Ramalho (2003) e Reis (2003). A análise nos mostra que A
Lágrima de um Caeté, embasado em uma perspectiva histórica, possui uma abordagem
indianista, capaz de comover o leitor com suas abordagens densas e firmes, acerca dos
conflitos vivenciados pelos índios, na busca pela vida, liberdade e ideais. O viver é colocado
no texto como o maior bem e concebe à ideia de travar uma luta pela sobrevivência, a todo
custo. Porém, é uma luta desigual, capaz de transtornar o índio, que zela pela existência, com
todas as suas forças.
Descrição:
NOGUEIRA, N. da S. Nísia Floresta: a voz transgressora da mulher na literatura brasileira do século XIX e o seu nacionalismo expresso na obra "A lágrima de um caeté". 2018. 20f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2018.