Resumo:
O trabalho com a oralidade em sala de aula tem sido tema recorrente de análises
linguísticas que tentam buscar explicações para a supremacia da escrita sobre a
oralidade. Apesar de a oralidade ser bem mais arcaica que a escrita, esta é mais
valorizada no ensino que a anterior. Diante dessa constatação, nossa pesquisa tem
como intuito investigar os traços da oralidade nas propostas de atividades contidas
no livro didático, que é visto como o principal instrumento de ensino-aprendizagem
no âmbito escolar. Sabemos que o mesmo tende a trabalhar a oralidade de forma
reduzida ou de maneira inadequada, por isso focamos na coleção de livros adotada
pela rede pública do Estado da Paraíba. A coleção é de autoria de mestres na área
da educação, Cereja, Vianna e Codenhoto (2016) e foi escolhida para o triênio 2018
– 2020, do ensino médio. Fundamentaremos nossas análises a partir de obras de
autores já consagrados nessa temática, como Marcuschi (2001), Schneuwly e Dolz
(2004), entre outros. Após levantamento das propostas de trabalho com a oralidade,
constatamos que a coleção traz gêneros orais, com destaque para o “debate
regrado”, o “seminário”, a “entrevista” e o “debate deliberativo”. Desta forma,
podemos inferir que a coleção apresenta propostas para o trabalho com a
modalidade oral, abordando os principais gêneros de utilização pública, nós caberá
analisar em cada volume se as propostas são contundentes.
Descrição:
CAMBRAIA, J. da C. A oralidade em livros didáticos de língua portuguesa: análise das propostas de ensino. 2018. 27f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2018.