Resumo:
O presente trabalho visa o desenvolvimento do uso e da denominação do lápis chamado “cor
da pele” tendo esse uso frequente no ambiente escolar. A indagação da pesquisa se deu com
tal intensidade de muito se ouvir e ver que o lápis de coloração rosa claro é usado para
representar a pele, mas é evidente a existência da diversidade de cores de peles humana, e
com isso não seria correto afirmar que apenas um lápis representaria toda essa diversidade,
pois de fato vivemos em país miscigenado. O objetivo da pesquisa foi promover um
aprofundado estudo referente ao modo de como alunos da educação infantil enxergam e usam
o lápis colorido denominado “cor de pele” dentro de sala de aula, a partir da aplicação e
estudo da lei 10.639/03 (BRASIL,2003) na escola”. Autores como Cavalleiro (2018); Lima
(2015); Munanga (2005), entre outros, foram fundamentais para a realização da parte teórica e
na construção do conhecimento. A pesquisa foi desenvolvida de modo “pesquisa ação” tendo
como referência Fonseca (2002), demostrando assim resultados que comprovam o uso do
lápis frequente na escola como “lápis cor de pele”. A pesquisa foi desenvolvida em uma
escola localizada na cidade de Mari-PB, onde não seria diferente o uso dado ao lápis, porém
através de conversas, da história “Lápis Cor de Pele”, escrito pela a autora Daniela de Brito e
das atividades desenvolvidas, pode-se perceber a conscientização imediata dos alunos,
concordando que existem diversas cores de peles, e que outros lápis de colorir poderiam
representar essas pessoas. No trabalho é citado como é a ação docente e a construção da
identidade da criança negra, pois é evidente que a desvalorização dos negros influenciara na
formação dessa identidade. Garantindo respeito e conhecimento para com a etnia negra, a lei
10.639/03 é citada na pesquisa, mostrando a relevância de se trabalhar e garantir o ensino da
História e a Cultura Afro – Brasileira no currículo escolar das escolas públicas e privadas. A
pesquisa obteve um resultado satisfatório, onde foi significativo aplicar a aula planejada, pois,
os alunos de fato compreenderam o que pesquisa tinha como intenção, isso é, descontruir o
paradigma de que existe apenas um lápis que possa representar todas as peles existentes.
Descrição:
GONÇALVES, P. O. Lápis cor de pele? de qual pele estamos falando?: ressignificando conceitos para implementação da Lei 10.639/03. 2019. 55f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2019.