Resumo:
Este artigo, elaborado em uma perspectiva da História Cultural, tem o objetivo de mostrar como as
narrativas teológicas, determinada pela hierarquia eclesial da Igreja Católica, produziram um saber para
o feminino, fazendo um contraponto com o saber da Teologia Feminista. Esta se configura como um
saber que provoca rupturas nas práticas e nas maneiras de pensar o mundo, uma vez que acolhe as
mulheres na pluralidade, no direito de viver e de reinterpretar o cristianismo de outras maneiras. Assim,
temos como principal objetivo discutir esses novos saberes e práticas de resistência de mulheres
Católicas Feministas que atuam com a Teologia Feminista, na cidade de Campina Grande-PB, a partir
de um saber teológico que produz outra interpretação da fé cristã, a qual questiona saberes ditos oficiais.
Quanto a isto Certeau (2008) chama de práticas de resistências e práticas ordinárias para burlar e
produzir uma nova realidade política, cultural e social, para que as mulheres se tornem sujeitos da sua
própria experiência de fé. O estudo resulta de uma pesquisa de campo por meio de entrevistas e pesquisa
bibliográfica, cuja reflexão e análise se dão à luz do referencial teórico dos conceitos de relações de
gênero com Joan Scott (1989); de poder saber de Michel Foucault (2015) e de práticas fundamentadas
na compreensão de Michel de Certeau (2008).
Descrição:
BEZERRA, N. G. L. "Um grão de mostarda": práticas de resistência de católicas feministas, em Campina Grande-PB. 2019. 30f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em História) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.