O ensino de simetria para alunos com deficiência visual

Abstract

Na situação em que se encontra a educação do nosso país torna-se cada vez mais difícil proporcionar uma educação de qualidade e igualitária para todos. A formação de cidadãos mais solidários perde espaço para a desigualdade e falta de compromisso com a educação, principalmente dentro das escolas. Diante desse quadro, este trabalho apresenta aspectos voltados para a educação inclusiva de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), em particular, os alunos deficientes visuais no que se refere ao ensino da Matemática. O mesmo tem por questão norteadora: como ensinar o conteúdo de simetria para alunos deficientes visuais de tal forma que possibilite um melhor aprendizado deste conteúdo? Como objetivo geral, temos: refletir sobre o uso de material didático concreto no ensino de simetria para deficientes visuais. Este estudo teve como objeto empírico duas instituições de ensino da cidade de Campina Grande – PB, sendo elas, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Sen. Argemiro de Figueiredo (Polivalente) e o Instituto dos Cegos. Na primeira instituição realizamos entrevistas com os professores de Matemática, a fim de sabermos como os mesmos abordariam o conteúdo de simetria nas turmas que possuem alunos deficientes visuais; na segunda, também realizamos uma entrevista com estes alunos (os deficientes visuais) a fim de sabermos se os mesmos já estudaram o referido conteúdo, bem como aplicamos o estudo proposto. O trabalho conta com referenciais teóricos como Lorenzato (2006), o qual mostra a importância dos Materiais Didáticos para o ensino da Matemática; Maciel (2015), o qual faz referência à importância do estudo da simetria e suas aplicabilidades e Koepsel (2016), que aborda o ensino da Matemática para deficientes visuais, dentre outros. Portanto, por ser uma temática pouco abordada, a realização deste trabalho, considerando os resultados apresentados pode contribuir na realização de trabalhos futuros. Como resultado, este serve para mostrar, que apesar das limitações, todos podem desempenhar, com destreza, um papel mais do que significativo para transformar o mundo a sua volta. Em particular, o uso adequado de recursos didáticos para o ensino de indivíduos cegos contribui para aprendizagem do conteúdo de simetria.