Resumo:
O modelo de controle das arboviroses, através do combate químico ao vetor, não
considera os determinantes sociais destas epidemias, e tem carreado uma série de
impactos à saúde humana e animal e ao meio ambiente. Os agentes de controle de
endemias são impactados de diversas formas: desde o contato direto e desprotegido
com os larvicidas até a precarização do trabalho. O trabalho teve como objetivo
estudar as vulnerabilidades e as percepções dos/as agentes de controle de
endemias (ACE) em relação ao controle vetorial das arboviroses. A pesquisa foi
realizada no período 2017 à 2018, em dois municípios do interior da Paraíba
(Taperoá e Juazeirinho) e fez parte do Projeto “Tecnologias sociais e educação
ambiental para o controle vetorial de arboviroses: promovendo a saúde e a
qualidade de vida no semiárido paraibano”. Utilizou-se uma abordagem
quantiqualitativa, onde foram utilizadas metodologias participativas: Escutatórias e
Construção da Matriz FOFA; e a aplicação de um questionário estruturado, com 10
perguntas, através de uma plataforma virtual. A análise dos dados coletados se deu
de forma descritiva. Para a construção da Matriz FOFA, participaram 64 ACE e ACS.
Os dois municípios contam com 20 ACE, destes 11 responderam o questionário. De
uma forma geral, os ACE não acreditam que o controle químico é eficiente, relatam
sintomas de intoxicação e não realizam exames de rotina com frequência. Espera-se
que a partir os dados encontrados seja possível viabilizar e estimular a criação de
políticas públicas voltadas para a saúde dos trabalhadores da vigilância sanitária e
para a população em geral
Descrição:
VIEIRA, Jéssica Kalyne Nely Eleutério. Controle vetorial das arboviroses: vulnerabilidades e percepções dos/as agentes de controle de endemias. 26f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agroecologia) – Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Agrárias e Ambientais, 2019. [Artigo]