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Com objetivo de melhorar as condições de segurança hídrica de campesinos da região
semiárida foi realizada uma pesquisa participativa para aprimorar um modelo de
dessalinizador solar, fazendo adaptações técnicas que possibilitem redução nos custos de
construção, maior durabilidade dos equipamentos e aproveitamento do sistema para
coletar água das chuvas. Procurou-se nesse contexto construir conhecimento
agroecológico através da integração entre ensino, pesquisa e extensão, sistematizando a
experiência para difundir a tecnologia social. A pesquisa foi realizada envolvendo
professores e estudantes do curso de especialização em agroecologia da UEPB,
assentados da reforma agrária e técnicos da UTOPIA, ASPTA, COOPTERA, PATAC,
Polo Sindical da Borborema e COONAP. No intuito de reduzir custos, o sistema de
dessalinização solar associado ao coletor de águas pluviais, com 36 m² de área, foi
construído em alvenaria, utilizando blocos pré-moldados de concreto, sobre um piso
utilizado na coleta de água das chuvas da cisterna calçadão. Foram monitorados os
índices de precipitação pluviométrica, os volumes de água dessalinizada produzida, os
volumes de água de chuva captada, a temperatura da água no interior do dessalinizador e
o número de coliformes fecais e totais encontrados nas águas produzidas. Observou-se
que, após modificações, o modelo proposto neste trabalho: produz um volume
significativo de água doce para os agricultores, cerca de 150 L dia-1; tem baixo custo de
implantação e manutenção, facilita o acesso à água devido à proximidade da residência
dos agricultores; é uma tecnologia social facilmente apreendida; deve ser limpo (retirada
de sais acumulado) com frequência e produz água que deve ser submetida a um processo
de reconstituição salina e tratamento biológico (caso ocorra à mistura de água
dessalinizada com a da chuva) para poder ser consumida diretamente pelo ser humano |
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