Resumo:
O presente trabalho aborda como as personagens do romance distópico Admirável
Mundo Novo, mesmo estando devidamente integradas a todos os ritos sociais
característicos da comunidade retratada na narrativa, e sofrendo constante inspeção
de agências governamentais, desenvolvem “antipatia” aos métodos socialmente
empregados pelo governo na hipotética sociedade futurista do sétimo século depois
de Ford, criador do método industrial de produção. No romance, aliado aos preceitos
estabelecidos pelo filósofo norte-americano Henry David Thoreau, o de
Desobediência Civil – proposto em seu ensaio filosófico homônimo, escrito durante
seu cárcere, por recusar-se a pagar impostos – examinaremos que meios
provocaram a “ruptura” entre os protagonistas da narrativa (a saber, nominalmente:
Bernard, Watson e John) e o governo estabelecido, que tenciona manter o status
quo social, de modo indefinido. Os principais proponentes que alicerçam a base
teórica, que corroboram com objetivos do presente trabalho, são Keisman (2016),
Silva (2017) e Thoreau (2014). Preliminarmente, a análise do romance indica que a
construção identitária de alguns dos protagonistas da obra ora analisada, dispõem
de peculiaridades inerentes as ideias apregoadas pelo filósofo trancendentalista
norte-americano Henry David Thoreau.
Descrição:
ROCHA, A. A. O. da. Controle distópico e padronização social: uma leitura de Admirável Mundo Novo a partir do conceito de desobediência civil. 2020. 35f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2020.