Resumo:
O presente artigo tem como objetivo principal a análise do filme “Big Eyes” (grandes olhos) de Tim Burton, pelo prisma da Lei nº 11.340 /2006, conhecida popularmente no Brasil como Lei Maria da Penha. A análise visa demostrar a ligação do caso real narrado pelo filme “Big Eyes” com o machismo invisível, através da protagonista da trama, a pintora Margaret Ulbrich. A filmografia citada é utilizada para demonstrar/ilustrar a violência contra a mulher e sua consequente vulnerabilidade no contexto patriarcal ocidental, cabendo frisar que tal contexto ainda persiste nos dias atuais, mesmo a narrativa se passando por volta dos anos 50/60. Acreditamos ser possível, por meio de tal análise, verificar a situação da mulher na sociedade patriarcal ocidental. Ademais, o estudo trata da necessidade da desconstrução da herança inserida no sistema patriarcal, bem como de questões correlatas, tais como as mudanças implementadas no país a partir dos anos 2000, tendo como paradigma a Lei Maria da Penha. Em ato contínuo, investigou-se como medidas implementadas em alguns estados brasileiros, com o intuito de barrar esse tipo de violência, foram importantes para mudanças reais em se tratando da violência contra a mulher. Por fim, fora arrolada a urgência em instaurar mudanças nos mecanismos utilizados para pôr em prática, fatidicamente, elementos já normatizados no intuito de reduzir a violência contra a mulher, que é uma crescente no país. O artigo se pautou pela metodologia de análise externa do filme supracitado e do conteúdo, considerando seu contexto social e cultural, teórico-interpretativa, através de pesquisa descritiva e bibliográfica, explanando um assunto já conhecido, analisando e comparando informações, bem como, recolhendo informações a partir de textos, livros, artigos e demais materiais de caráter científico.
Descrição:
LIMA, Anielly França de. Direito e arte: análise do caso de Margaret Ulbrich (Big eyes). 2019. 54 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2019.