Resumo:
Esta pesquisa analisa o ethos/pathos da mulher no romance A letra escarlate. Para
tanto, nós utilizamos duas teorias para fundamentar esse estudo, a Retórica de
Aristóteles e a Teoria Dialógica da Linguagem (TDL). Na primeira, identificamos
elementos axiológicos que compõem as paixões e o caráter do ser humano, ou seja,
trata-se tanto dos sentimentos afetivos quanto da construção do caráter moral dos
indivíduos. Na segunda, tratamos do método sociológico o qual discorre vozes
discursivas, nas quais os sujeitos organizados interagem produzindo enunciados
concretos e inacabados como forma de perpetuar os diversos usos da língua. Tal
análise utilizou-se do método qualitativo interpretativista. Como corpus de análise
utilizamos o romance A letra escarlate escrito em 1850 por Nathaniel Hawthorne,
que aborda uma temática com base em premissas religiosas do século XVII. No
corpus foram identificadas as vozes que, discursivamente, constroem a personagem
Hester Prynne como uma mulher que cometeu adultério e que é construída através
das valorações sociais e morais. Dessa forma, podemos perceber que a
personagem é constituída pelas vozes sociais e ideológicas que, juntas, constroem a
sua imagem a partir da cultura e dos ritos da comunidade puritana. Ademais,
concluímos que as vozes discursivas influenciam o sujeito tanto em seus valores
morais quanto afetivos e que de certa forma, seja no romance ou em um contexto
verdadeiro/realidade, o sujeito é parte constitutiva da interação verbal.
Descrição:
FERREIRA, Hacmone Barbosa. A construção do Ethos/Pathos da mulher no romance A Letra Escarlate: um ponto de vista dialógico-discursivo. 2019. 46 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras Inglês) – Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2019.