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O bullying nas aulas de Educação Física é uma problemática recorrente, como indica pesquisas recentes (MARTINS et al. 2018; MAYER et al. 2018), caracterizando como qualquer tipo de agressão que ocorra de maneira intencional e frequente (OLWEUS, 2013; FOREMAN, 2015). Nesse meio, a presente pesquisa objetiva apresentar e problematizar algumas produções cientificas sobre o bullying em periódicos relevantes da área de Educação Física, assim como busca refletir sobre a problemática entendendo a mesma como fenômeno complexo, apontando nesse percurso discussões para a Escola e, por fim, para a Educação Física Escolar. A pesquisa caracteriza-se como uma revisão bibliográfica, com abordagem descritiva, qualitativa e explicativa, foram selecionados cinco periódicos especializados na área, contando como critério de escolha a representatividade social do sistema Qualis/CAPES, nesse sentido, foi escolhido cinco revistas com classificação no estrato Qualis igual/acima de B2. Portanto, foram escolhidos os seguintes periódicos da área: Movimento, Motriz, Pensar a Prática, Motrivivência e Motricidade, também foi delimitado o período de publicação entre 2014 e 2019, a análise dos artigos, por sua vez, foi conduzida pela perspectiva de análise de conteúdo (BARDIN, 2009). Como resultado e considerações finais, foi possível notar que a maioria das publicações têm em comum a questão que as práticas de bullying direcionam ao diferente, ou seja, aquilo que foge de um padrão que foi historicamente construído e socialmente reproduzido, nesse meio outro dado aponta para a relação multifacetada e complexa da problemática, implicando em evitar generalizações, haja vista que a prática apresenta singularidades em cada espaço escolar. Nesse sentido, outro resultado é que as produções analisadas formam uma síntese qualitativa necessária ao professor de Educação Física e Escola, pois gera insights ao planejamento pedagógico para lidar com a problemática, valendo-se ressaltar que o bullying não só diz respeito à Educação Física Escolar, porém prejudica a toda conjuntura escolar, familiar e social. Outra questão, diz respeito as consequências dos avanços do mundo tecnológico; o cyberbullying como resultante desse processo e desdobramento das práticas de bullying, essa tendência merece atenção com urgência, visto que essa ação apresenta singularidades ainda maiores, como pode-se citar a relação de poder fluida de papeis (vítima/agressor/espectador) e seu alcance é inimaginável. Portanto, é imprescindível que professores, escolas e a esfera público-governamental criem e recriem estratégias que busquem superar práticas desumanas que afligem as escolas, alunos, professores e comunidade escolar. Conclui-se que a cultura corporal da Educação Física é mais um meio de sensibilizar os alunos para a diversidade trazida em seus corpos, entendendo que essa diversidade é uma bela forma de ser e estar no mundo. |
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