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A Doença de Parkinson (DP) é uma perturbação degenerativa crônica do sistema nervoso central que afeta principalmente o sistema nervoso somático e autônomo, influenciando sistematicamente as funções de ordem motora. Os sintomas mais são os tremores, hipertonia, bradicinesia, acinesia, discinesia, anosmia e dificuldades na marcha. Junto a isso, podem coalescer a patogenia problemas de raciocínio como balbúrdia, transtornos comportamentais, depressão, ansiedade, perturbações do sono, problemas neuro-sensoriais como a disestesia e por fim a demência. Embora se desconheça a etiologia concreta da doença, acredita-se que possa envolver de forma direta tanto fatores genéticos como fatores abióticos. Apesar de a terapêutica farmacológica ser primordial para a DP, com a progressão da doença, não há a mediação da estabilidade clínica da mesma, transcorrendo na severidade dos sintomas e/ou acometimento da toxicidade e taquifilaxia da medicação. Estudos têm demonstrado caráter de importância do tratamento utilizando exercícios físicos e fisioterapêuticos na recuperação neuro-sensorial e motora da doença, tendo reflexo na melhoria da vida diária dos indivíduos com a doença quando associados ao tratamento medicamentoso. Procurou-se realizar esta revisão integrativa com objetivo de verificar as causalidades da doença e as reverberações dos programas de reabilitação utilizando exercícios físicos sobre a sintomatologia da DP, sobretudo no viés motor do aparelho apendicular. Foram selecionados 45 artigos de fontes de arquivamento de pesquisa e de dados eletrônicos como Scielo, PubMed, Bases Bireme, Medline, Springer Link, Elsevier, Google Scholar e periódicos disponíveis on-line no portal da CAPES, bem como 4 livros didáticos com vieses teóricos arraigados ao assunto. Sob a ótica analítica, foi observado o espectro de atividades possíveis para serem manejadas na DP, sendo os exercícios e estratégias sensório- motor empregados nos principais sintomas da doença, assim como os exercícios físicos regulares. Verificou-se que o processo de reabilitação utilizando exercícios físicos constantes, seja de caráter fisioterapêutico ou resistido, são fundamentais para atenuar e/ou melhorar os distúrbios motores e funcionais da DP, bem como os outros sintomas relacionados à neuro-motricidade e aos aspectos neuropáticos, sendo de extrema importância sua associação ao tratamento farmacológico. |
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