Geoespaço, resolução de problemas e o modelo de Van Hiele: Identificando propriedades dos prismas

Abstract

Diante da realidade que encontramos nas escolas brasileiras é possível afirmar que, na maioria das vezes, o ensino de Geometria é deixado de lado, e muitas vezes esquecido. No entanto, essa área da Matemática merece toda a atenção, tendo em vista que a mesma está tão presente na realidade, seja com aspectos da Geometria Plana ou da Geometria Espacial. Tendo em vista que na maior parte os estudantes não têm o contato com a Geometria, esta identificação com a realidade torna-se mais dificultosa. Apesar disso, muitas metodologias diferentes e atrativas, além de outros materiais que também podem contribuir, são temas de pesquisas hoje em dia, os quais podem proporcionar um ensino de qualidade no âmbito da Geometria. Tendo isto em vista, realizamos uma pesquisa de cunho qualitativo e que teve por objetivo geral analisar resoluções de problemas no ensino de prismas através do uso do Geoespaço e do modelo de Van Hiele. Para tanto trabalhamos com uma turma de 9° ano de Ensino Fundamental da rede pública municipal de Campina Grande – PB, com estudantes entre 14 e 15 anos, realizamos um estudo de caso com uma dupla que apresentou um bom desenvolvimento nas atividades e analisamos com base no modelo de Van Hiele. Com isso, pudemos identificar as eficácias da utilização do Geoespaço para a compreensão dos elementos da Geometria Espacial, como trazer esse material para a sala de aula chamou a atenção dos estudantes e permitiu que eles se envolvessem na atividade proposta. Além disso, por meio do modelo de Van Hiele,foi possível identificar os níveis da dupla antes e após as atividades, apresentando uma evolução ao final das resoluções dos problemas. Portanto, concluímos que é de suma importância abordar conteúdos de Geometria em sala de aula e isso não de maneira superficial, mas de forma coerente, eficaz e atrativa aos estudantes.