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A crise sanitária provocada pela pandemia da Covid-19 trouxe inúmeros fatores que acarretaram um impacto sobre a realidade das escolas a nível mundial. Desse modo, as instituições têm buscado estratégias curriculares para que a educação não deixe de cumprir sua função social e formadora nesse tempo conflituoso, haja vista que os espaços físicos das escolas foram desativados, a fim de cumprir as regras de sanitização recomendadas pelos órgãos competentes da saúde. Com isso, propostas surgiram na tentativa de dar seguimento ao processo educativo e contornar as adversidades impostas pelo ensino remoto. Essa realidade demonstra um caminho pelo qual a educação tem trilhado, ou seja, a sala de aula assumiu um caráter emergencial, que conduziu a escola como um todo a vivenciar um “novo normal”. É nesse sentido, que surgiu a motivação de compreender de que forma essa realidade pode ser moldada, à medida que todos os envolvidos na educação vão se adaptando aos desafios, às necessidades e às novidades apresentadas pelo novo modelo de ensino, como também na tentativa do alcance do alunado, que está distanciado das salas de aula desde o início da pandemia. Assim, considerando essa problemática educacional, nossa pesquisa se propôs a promover um acompanhamento dos desafios do ensino remoto por meio de um projeto voltado para as práticas de leitura e escrita. Para tanto, a presente monografia aponta como objetivo geral a elaboração de um projeto de letramento que vise ressignificar o ensino da escrita no 6º ano do ensino fundamental no contexto de ensino remoto. Nesses moldes, a pesquisa se justifica pelo fato de observarmos um acontecimento histórico em tempo real, que traz grandes impactos para o conjunto social, isto é, escola, docentes e discentes. Nessa direção, adotamos um percurso metodológico de caráter descritivo/interpretativo, por estabelecer a natureza qualitativa do tipo pesquisa-ação, que buscou apresentar os resultados de um projeto de intervenção intitulado como “Ser paciente salva vidas: a importância da empatia em tempos de pandemia”. Nosso estudo, foi conduzido pelas teorias concernentes às concepções sobre o processo de ensino/aprendizagem de língua e dos gêneros textuais/discursivos, desenvolvidas à luz dos postulados de Antunes (2003, 2009), Marcuschi (2003, 2008), Ferrarezi Jr. (2014), Oliveira (2010), Koch & Elias (2017), Freire (2021), entre outros. Ainda assim, nos ancoramos na abordagem teórico-prática do letramento, discutida por Kleiman (2000, 2005, 2007, 2013), Soares (2010), Oliveira & Souza Silva (2018) e nos estudos sobre os projetos de letramento, elencados por Tinoco (2013), Coppi (2016), Souza Silva & Silva (2019). Além das orientações previstas nos documentos oficiais: PCN (1998), PCN dos Temas Transversais da Saúde (1998) e BNCC (2018). Assim sendo, os resultados da pesquisa evidenciaram que é possível haver uma ressignificação no ensino, a partir de uma intervenção significativa, que considere o trabalho com a leitura e a escrita na perspectiva social do letramento. |
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