"Ideologia de Gênero", liberdade de cátedra e direito a uma educação pacífica

Abstract

Tendo em vista a crescente violência e desigualdade de gênero no âmbito social, o presente artigo aborda a necessidade de introduzir a educação em gênero nas escolas, a fim de aplacar os preocupantes índices de violência e desigualdade de gênero nas relações sociais. Para tanto, é necessário analisar a crescente corrente ideológica que forjou o conceito de “ideologia de gênero” com a finalidade de impedir a introdução das discussões sobre gênero no espaço es colar , analisando os projetos de leis que versam sobre o tema e sua total desconexão com o que versa a Constituição Federal Brasileira, demonstrando a inconstitucionalidade das leis que têm em seu interior a ideia de barrar a necessidade de adotar nas escolas a educação em gênero sob o pretexto de lutar contra um a suposta “ideologia de gênero” e promover uma “escola sem partido” partido, acrítica, sem espaço para contestação. Realiza se então uma pesquisa bibliográfica e documental, feita por meio de uma abordagem orientada pelo método dialético, tendo sido seus procedimentos efetuados pelo método hermenêutico. Diante disso, verifica se que os projetos de lei que tentam proibir a educação em gênero e sexualidade nas escolas estão em desacordo com o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil, verificando que são inconstitucionais, denota se a necessidade de incluir a educação em gênero e sexualidade nas escolas, o que impõe a constatação de que a inclusão dessa pauta no ambiente educacional serve de instrumento de desconstrução do machismo e da violência nele baseada, sendo possível diante de tal ação vislumbrar uma convivência em sociedade mais pacífica e almejar a redução dos índices alarmantes de violência.