“Espelho, espelho meu”, existe cabelo mais bonito que o meu: a autoformação identitária da criança negra na educação Infantil a partir da contação das histórias O Cabelo de Lelê e Chico Juba

Abstract

As questões que norteiam esse trabalho referem-se à reflexão sobre a importância da Literatura Infantil no processo de autoafirmação identidade na Educação Infantil, a qual influencia, de forma, significativamente a vida da criança negra. Também por acreditarmos que obras como: O cabelo de Lelê (2007), de Valéria Belém, com ilustrações de Adriana Mendonça e Chico Juba (2011), de Gustavo Gaivota, que tem como ilustrador Rubem Filho, presentes no corpus da pesquisa, podem servir como referências ao empoderamento das meninas e meninos negros, uma vez que abordam elementos da cultura de povos africanos e em diáspora e ainda porque representam de forma positiva a imagem de crianças com cabelos crespos. A pesquisa foi desenvolvida e teve sua aplicabilidade conduzida de forma remota em uma turma de Educação Infantil - Pré II, da Escola municipal ” ASAS” (nome fictício), no município de Cuitegi-PB. Na perspectiva do “empoderamento crespo”, o estudo concluiu que a escola pode e deve explorar os livros de Literatura Infantil, com personagens negros, para promover uma percepção positiva da identidade negra e ajudar as crianças negras a enfrentarem os conflitos vivenciados, cotidianamente, por devidos preconceitos associados a algumas características físicas e culturais da descendência africana, combatendo as estereotipias e o racismo.