Resumo:
A presente pesquisa de caráter bibliográfico visou compreender a condição do ser homem,
observada a partir do modelo hegemônico de Connel (1995;2013), que impõe uma
hierarquização de gênero. Essa hierarquia envolve e caracteriza uma condição de sofrimento do
homem, que invisível a este se desvela em amizades e relacionamentos superficiais e a um
linguajar destituído de expressões de afetos para com os outros e além disso limitam as
expressões masculinas à atos agressivos e competitivos. Ao tentarem se manter ou se colocar
como superiores uns aos outros numa atuação ilusória de tentar se adequar a expectativas irreais
e que contradizem as suas próprias limitações e anseios, os homens estruturam sua identidade
sobre alicerces frágeis, se utilizando da agressividade como um modo de subsistir no mundo,
que acarreta em modos de ser prejudiciais a si mesmo e aos seus pares, possibilitando o
surgimento de preconceitos e atitudes estereotipadas, que culminam em atos violentos contra
mulheres e a indivíduos homoafetivos. Frente a isso, resgatar o caráter e unicidade do sujeito
se faz necessário, nesse ponto através da ideia de autotranscedência da Logoterapia do médico
e psiquiatra vienense Viktor Frankl (1905-1997), na qual o homem pode ir além de si mesmo e
se posicionar diante dos condicionantes externos que caracterizam uma postura inautêntica
diante do mundo.
Descrição:
LEAL, L. A. A. A presença ignorada de si: Agressividade, inautenticidade e vazio existencial na construção da masculinidade. 2019. 65f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2019.