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O objetivo desta pesquisa foi avaliar os parâmetros físico-químicos e os
compostos bioativos da casca in natura e do pó de jabuticaba (Myrciaria
cauliflora) avaliando a estabilidade durante 60 dias de armazenamento. Para
tal, os frutos de jabuticaba maduros foram despolpados manualmente,
separados as frações, parte das cascas in natura foram pesadas para posterior
análises, a outra parte foi destinada a secagem em estufa com circulação de ar
forçado a 45 ºC até peso constante, em seguida trituradas para obtenção do pó
da casca de jabuticaba (PCJ). Os parâmetros físico-químicos determinados nas
amostras in natura e no pó da casca foram: teor de água, cinzas, acidez
titulável, pH, sólidos solúveis (ºBrix) conforme a metodologia descrita em AOAC
(1997). Para determinação dos compostos bioativos, as amostras (in natura e
pó), foram submetidas à extração hidroalcóolica e no extrato obtido foram
determinados os teores de antocianinas totais, pelo método do pH diferencial,
compostos fenólicos totais e flavonoides totais. Com os resultados, foi possível
observar que o método do pH diferencial mostrou-se sensível aos teores de
antocianinas. O solvente utilizado no ensaio apresentou maior poder de
extração, no pH diferencial, sendo este ensaio recomendado devido a
simplicidade e praticidade da técnica. No estudo da estabilidade, foi possível
verificar o eficiente emprego da secagem, onde houve uma concentração dos
teores dos compostos fenólicos, antocianinas e flavonoides. Mesmo ocorrendo
perdas de flavonoides totais (22,32%), antocianinas totais (67,60%) e fenólicos
totais (23,98%) durante o armazenamento durante um período de 60 dias,
provavelmente, devido essas substancias serem suscetíveis a sofrerem
alterações em consequência dos fatores como temperatura, umidade, luz, pH e
tipo de embalagem utilizada no armazenamento, o pó apresentou-se com altas
concentrações destas substâncias, demonstrando ser uma fonte rica em
compostos bioativos. |
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