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Um dos desafios encontrados pela sociedade moderna é a minimização dos impactos negativos causados ao meio ambiente por processos industriais. Dentre esses problemas, os derramamentos de combustíveis, que podem acarretar danos irreparáveis ao meio ambiente. Com isso, busca-se métodos para combater ou minimizar esses impactos. A adsorção é uma técnica de separação bastante usada para remoção de contaminantes orgânicos, com resultados satisfatórios. A proposta desse trabalho foi analisar a viabilidade do uso de biomassas como bioadsorventes com a finalidade de remover gasolina de corpos aquáticos. A metodologia usada para desenvolvimento deste trabalho foi a pesquisa quantitativa. No que tange ao objetivo, trata-se de uma pesquisa exploratória, uma vez que a compreensão do tema proposto será realizada por levantamentos bibliográficos enfatizando estudos de caso. Foram analisados seis trabalhos, onde as biomassas passaram por estudos da cinética de adsorção, isotermas de equilíbrio e o sistema de leito fixo e/ou diferencial. Em todos os resíduos agrícolas utilizados houve secagem, em estufa e/ou ao ar livre com granulometrias pré-determinadas. Foram empregadas misturas de água/gasolina em várias concentrações e tempos estabelecidos. Nos resultados da cinética de adsorção as quantidades de gasolina removida foram relevantes, apresentando em sua maioria, uma adsorção rápida. Para o resíduo de acerola os resultados foram 7,0, 9,0 e 10 mL/g adsorvidos; a palma forrageira adsorveu cerca de 8,5 mL/g; o sisal 5,5; 3,5 e 4,0 mL/g; e o bagaço de malte removeu 4,0; 5,0 e 6,0 mL/g. Para as isotermas de equilíbrio, o bagaço de acerola foi o que mais adsorveu, com 11,4 mL/g, comparado ao malte que teve sua capacidade máxima de aproximadamente 8,0 mL/g. Assim sendo, os bioadsorventes avaliados tiveram bons comportamentos com respeito a remoção do contaminante, apresentando resultados satisfatórios. A utilização de resíduos culturais para o tratamento de efluentes se torna uma alternativa interessante do ponto de vista ambiental, econômico e social, uma vez que o reaproveitamento dos resíduos incorpora ao processo de tratamento de rejeitos de alimentos que são desperdiçados e tem destinação muitas vezes inadequadas contribuindo para poluir dos ambientes. |
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