A relação do excesso de confiança do Chief Executive Officer com os níveis diferenciados de governança corporativa: Um estudo nos Bancos com e sem influência governamental

Abstract

O objetivo desse estudo é analisar a relação do Excesso de Confiança do Chief Executive Officer com os níveis diferenciados de Governança Corporativa dos Bancos com e sem influência governamental. Os procedimentos metodológicos adotados são de pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa. A amostra consiste em 21 (vinte e um) bancos listados na B3, sendo analisado o período de 2018 a 2020, assim foi dividida a amostra em 12 (doze) bancos sem influência governamental e 9 (nove) com influência governamental. Os dados foram extraídos através de Demonstrações Financeira Padronizadas, dos Formulários de Referência, notas explicativas e Relatórios da Administração no website da B3, para o Índice de Excesso de Confiança (IEC), utilizou-se o estudo de Costa, Correia e Lucena (2017) como base. Os resultados obtidos indicaram que os bancos com e sem influencia governamental apresentam um nível considerável de excesso de confiança. Além disso. Os bancos sem influência se encontram no nível 1 de GC e os bancos com influência governamental não apresentam práticas de governança corporativa. A inferência estatística indicou uma correlação significativa e negativa a um nível de confiança de 95% entre o Índice de Excesso de Confiança e o Nível de Governança corporativa de Bancos sem Influência Governamental, indicando que quanto maior é o Índice de Excesso de Confiança menor é o nível de Governança Corporativa. Em contrapartida os Bancos com Influência Governamental existem uma correlação significativa e positiva com nível de confiança de também 95%, indicando que quanto maior é o Índice de Excesso de Confiança maior é o Nível de Governança Corporativa. Conclui-se que nos Bancos sem influência governamental, o excesso de confiança do CEO reduz as práticas de governança corporativa, enquanto nos bancos com influência governamental, o excesso de confiança do CEO interfere de modo a aumentar o nível de governança corporativa.