Resumo:
O presente artigo consiste num estudo da peça Álbum de família, escrita por Nelson Rodrigues
em 1945, a partir da concepção de drama proposta por Sábato Magaldi e outros teóricos.
Partindo dessa proposta, o estudo se volta para como a sociedade aparece na peça enquanto
estratificação, bem como os tabus e o que eles representam desde os tempos primitivos até o
contemporâneo. Desejos proibidos permeiam em vastidão toda a obra, elencando os
personagens como “pessoas incomuns”, fugindo da tradicional família brasileira. Este,
inclusive, é o ponto central, visto que serve de fachada para encobrir a perversidade que abrange
toda a família. Nossa proposta teve por meta o estudo comparativo da peça Álbum de Família
e a versão cinematográfica homônima do diretor Braz Chediak (1981), baseada na referida peça.
Para esta pesquisa, usamos a metodologia de cunho qualitativa, fundamentando-nos em teóricos
da sétima arte como Aristóteles (1966), Eco (1991), Carvalhal (1991), Chevalier (1989),
Palottini (2005), Berthold (2001), Brito (1996), Cunha (1986), Peixoto (1989), Luna (2009;
2008), Nitrini (2000), Carvalho (2014), Lauz (2018), Rosa (2012), dentre outros.
Começaremos, assim, realizando uma análise acerca do tema literatura e dramaturgia,
verificando as representações de significados das duas artes distintas, mas de teores conceituais
idênticos, cuja análise parte dos conflitos da sociedade, considerados tabus, como o incesto, as
relações conflituosas na tradicional família brasileira e a hipocrisia das classes dominantes. A
partir daí, levantamos, pelo raciocínio freudiano, as relações da psicanálise sobre o complexo
de Édipo, enquanto ações de comportamento desde o nascimento da criança até a fase adulta,
bem como o seu componente trágico presente no conflito entre os personagens.
Descrição:
MENDONÇA, J. L. de. O teatro e o cinema em álbum de família: interrelações freudianas. 2021. 18f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras)- Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2021.