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O presente artigo tem por intento realizar uma análise acerca do Massacre do Carandiru (1992), conferindo-lhe a devida contextualização, compreendendo as abordagens inseridas no âmbito teórico, histórico, social, além dos aspectos correlatos em torno das relações entre o poder e a memória. Nesse sentido, dar-se-á ênfase ao aspecto analítico das estruturas carcerárias, sua funcionalidade e as relações de poder atreladas ao seu funcionamento. Por outro lado, direcionaremos nosso enfoque sobre a questão da “apropriação” do corpo do encarcerado, mediante uma miríade de estratégias de disciplina, inseridas em uma “barganha”, por meio de mitigação das condições vivenciadas no cárcere. Desse modo, finalizaremos com uma abordagem acerca do Massacre do Carandiru, ocorrido no dia 02 de outubro de 1992, no tocante as relações entre rememoração e esquecimento seletivos e, por conseguinte, de poder, subjacentes aos fatos, atentando-se para a temática da construção de narrativas, implícitas nos discursos legitimadores da ação policial e de perpetuação dessa modalidade memorialista no imaginário social. |
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