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Este trabalho tem como tema principal a implementação da Justiça Restaurativa no
judiciário brasileiro. Na relação de ofensor, vítima e comunidade, onde a opção pelo
estudo da Justiça Restaurativa justifica-se, sobretudo, porque é ela que deve ocupar o
papel fundamental na aplicação dos crimes e na restauração das partes. A Justiça
Restaurativa é um método de restaurar vidas, que foram dilaceradas pelo crime, mesmo
diante de tantas complexidades e falta de atenção dada as partes na Justiça Retributiva, a
utilização da Justiça Restaurativa é um marco para a mudança do judiciário, onde a
legislação vigente, é uma relação triangular, com a figura do juíz no topo da pirâmide, o
ofensor e a vítima em cada lado. O juiz exerce o papel de Estado, tendo como principal
finalidade a atribuição da pena ao ofensor. Na Justiça Restaurativa tanto a vítima como
comunidade e ofensor contam com a presença nos processos restaurativos do Juíz,
Ministério Público e advogados. Também exercem a vítima, comunidade e ofensor o
poder da palavra, onde em círculos restaurativos as partes têm uma atenção especial
como protagonistas e exercendo um papel de detentoras da construção de um acordo final
no processo restaurativo. Onde é a oportunidade de a vítima relatar os seus sentimentos e
necessidades, o ofensor também tem a oportunidade de exercer a palavra onde irá relatar
as causas que o levaram a praticar tais atos e a comunidade como parte interessada fará
parte do processo restaurativo com a oportunidade de relatar as consequências do ato
delituoso provocou na sociedade. Salienta-se que é possível a restauração de laços nos
cículos restaurativos, tendo uma proteção assistida em relação as partes, e dando enfase
para que o ofensor não venha a ser reincidente em novos delitos, e venha a repensar nos
atos que causaram danos na vítima e comunidade, chegando ao final a um acordo
benefico e restauração das partes envolvidas. Sendo necessário servidores capacitados
que venham a exercer a função de facilitador com respeito e imparcialidade nos processos
restaurativos. É primordial que o facilitador haja com empatia e coerência, para que ao
final o processo restaurativo seja exitoso. |
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