Adoção tardia – entre a teoria e a prática: um estudo realizado na Vara Privativa da Infância e da Juventude de Campina Grande

Abstract

Tratamos neste trabalho das questões relativas à adoção tardia e a prioridade pelo melhor interesse da criança e do adolescente, a partir de um processo investigativo junto à Vara Privativa da Infância e da Juventude da Comarca de Campina Grande – PB, instituição na qual desenvolvemos o estágio supervisionado em Serviço Social. Para a coleta de dados foram utilizadas, a observação, o registro em diário de campo, a pesquisa bibliográfica e documental e a entrevista semi-estruturada. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo. Os sujeitos da pesquisa foram um profissional do setor e sete postulantes à adoção. Os resultados da pesquisa apontam que muitos são os pré-conceitos que perpassam a adoção tardia. Apesar de todos os avanços na legislação, a cultura de adoção que se formou ao longo da história brasileira prevalece: a busca por uma criança recém-nascida ou em seus primeiros meses de vida. Em contrapartida, aqueles postulantes que se propõem a fazer uma adoção tardia, são aqueles que já estão com as crianças há algum tempo, e muitas vezes já detém até mesmo a guarda delas.