Reflexões teóricas e metodológicas acerca da relação literatura e sociedade nas aulas de língua portuguesa do ensino médio

Abstract

Durante muito tempo, as aulas de literatura no âmbito do ensino médio estiveram centralizadas na historicidade dos movimentos literários, isto é, em datas, em biografias e demais elementos que contribuíram para uma visão tradicional desse ensino. Tal prática, embora eficaz outrora, é na contemporaneidade questionada por estudiosos da área, visto que a leitura literária pode ultrapassar a historicidade do autor (a) que o (a) produziu, ganhando vida em outras gerações. De fato, não é possível dizer que existe uma função arbitrária na leitura de um texto literário, posto que literatura é arte e a arte tem diversas funções. Todavia, é possível inserir a literatura em um viés social capaz de auxiliar na humanização dos indivíduos. Assim sendo, se fazem necessárias reflexões teóricas acerca das novas posturas sobre o ensino de Literatura no ensino médio, no tocante à relação literatura e Sociedade. Esse estudo é resultado das reflexões teóricas vivenciadas na graduação, especificamente, na disciplina de literatura do curso de Letras da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A pesquisa caracteriza-se por ser bibliográfica, de cunho qualitativo e que tem como objetivo geral: Discutir sobre as reflexões teóricas e metodológicas acerca da relação Literatura e Sociedade nas aulas de língua portuguesa do ensino médio. E como objetivos específicos: discorrer sobre a ressignificação do Letramento literário na escola; expor a autonomia promovida por um ensino de Literatura voltado para os contextos sociais; apresentar a sequência básica de Cosson (2011) como metodologia promissora na formação de leitores literários no Ensino Médio. Desse modo, ao termino desse trabalho, foi possível identificar que a Literatura é um direito de todo indivíduo que adentra a instituição escolar e cabe ao professor de língua portuguesa promover aulas de Literatura que proporcionem formação de leitores críticos e de cidadãos participativos.Como aporte teórico temos os seguintes autores: Candido ( 1972, 2011 e 2006); Zilberman (2009); Kleiman ( 1996)); Soares ( 2006); Cosson (2011 e 2014 ); Martins ( 2006) entre outros.