Resumo:
A escassez de recursos e a demanda cada vez maior de serviços públicos se tornaram
desafios para os gestores municipais. A obtenção de recursos próprios tornou-se
essencial para garantir uma certa autonomia dos municípios ou no mínimo subsidiar
alguns gastos públicos, principalmente no momento de crise que estamos enfrentando
desde 2014. Diante deste contexto, foi trazido como questionamento como se
comportou a arrecadação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
e o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis dos municípios localizados no
agreste paraibano entre os anos de 2016 e 2020? Para responder a esse
questionamento, teve-se como objetivo geral analisar da arrecadação do IPTU e ITBI
nos municípios localizados no agreste paraibano entre os anos de 2016 e 2020. Os
procedimentos metodológicos utilizados foram a pesquisa documental a partir dos
relatórios disponibilizados pela Secretaria do Tesouro Nacional. Foi usado a pesquisa
qualitativa e quantitativa com caráter descritivo. A amostra consiste em 66 cidades da
região agreste do estado da Paraíba. Com a pesquisa descobriu-se que o ITBI se
destacou menos que o IPTU. Os resultados encontrados mostraram que os impostos
municipais, IPTU e ITBI, tiveram um crescimento considerável ao longo dos anos
estudados, mas eles ainda se encontram em posição irrisória em relação à receita
corrente, apenas 0,30% no período mais promissor. Indicaram também que o IPTU
gerou mais receitas que o ITBI e que cidades populosas como Campina Grande
recolheu a grande maioria da receita corrente recolhida de toda a região. Contudo, foi
possível evidenciar a dificuldade dos municípios de pequeno porte buscarem
autossuficiência tributária ao contrário das grandes cidades como Campina Grande.
Descrição:
CORREIA, Amanda Bernardo. Uma análise da arrecadação do IPTU e ITBI nos municípios do agreste paraibano entre 2016 e 2020. 2022. 32f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2022.