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Os tensoativos e emulsificantes sintéticos produzidos em larga escala são provenientes de petróleo sendo tóxico ao ambiente. Estudos mostram que os microrganismos como fungos e bactérias são capazes de realizar produção de biomoléculas com o fornecimento adequado de nutrientes. O Brasil é um grande produtor de alimentos, resultando em grande fluxo de resíduos ricos em nutrientes que muitas vezes não é reutilizado, fornecendo a matéria-prima para microrganismos como fungos filamentosos, geralmente conhecidos por deterioramento de alimentos, que geram produtos secundários. Neste contexto, objetivou-se o estudo biotecnológico para produção de biossurfactante e bioemulsificante pelo fungo filamentoso Penicilliun sclerotiorum (UCP 1040). O experimento foi desenvolvido no Laboratório do NUPEA (Núcleo de Pesquisa em Alimentos) CCT/UEPB, Campus I, Campina Grande – PB. A produção foi realizada por fermentação em Erlenmeyer de 250mL, contendo volumes dos substratos de casca de banana nanica (Musa Cavendish), óleo pós-fritura e água destilada seguindo o planejamento fatorial 22 completo, tendo como variáveis respostas tensão superficial (mN/m) e índice de emulsificação (%), foram inoculados aos mesmos 20 discos do fungo acima citado, sob agitação de 150 rpm durante 96h a 28°C. O biossurfactante e bioemulsificante foi avaliado por teste de tensão superficial, índice de emulsificação, estabilidade do bioemulsificante e dispersão óleo em água. Os resultados obtidos demonstraram que a produção do biossurfactante não foi favorável, haja vista, que a menor tensão superficial obtida foi de 76,89 mN/m maior que o valor de referência da água de 72,36 mN/m. Entretanto, o índice de emulsificação (%) apresentou resposta de 93,1% com óleo pós-fritura após 24h e 50% com 96h, com o óleo de motor queimado 62,5% com 24h e 54,16% após 96h, com o óleo de soja o índice alcançou 96,5% e 60,87% com leitura em 24h e 96h. No teste de dispersão o líquido metabólico não foi significativo, pois, não ocorreu formação de área dispersa para realizar leitura. Assim sendo, os valores do índice de emulsificação após 24h acima de 60% e a estabilidade da emulsão em torno de 50% com 96h, demonstrando o potencial do Penicilliun sclerotiorum (UCP 1040) significativo para produção de bioemulsificante. |
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