Resumo:
A legislação e os legisladores do Brasil não se apresentam de maneira explícita como
segregacionistas, mas em termos mais práticos, a segregação racial e de gênero
sempre existiram no decorrer da história e são comprovadas por meio dos indicadores
sociais e econômicos, o mito da democracia racial, a negação do racismo, entre
outros. Resultando então na tentativa de apagamento e embranquecimento da cultura
negra. O acesso aos espaços institucionais de poder e de decisão foram negados
durante a história à população negra que, afastada desses espaços, foram impedidas
de anunciar e reivindicar suas demandas por muito tempo. Face às determinações
capitalistas, tal quadro acarretou que as políticas sociais, que foram tardiamente
formuladas, não abrangem as necessidades da população negra, fazendo o recorte
de gênero, não atingem positivamente as mulheres negras que não se sentem
representadas e dificilmente encontram oportunidade de adentrar a esse espaço.
Deste modo, destacamos o mandato da primeira vereadora negra de Campina
Grande-Paraíba, a Jô Oliveira, objetivando analisar suas proposituras, no primeiro ano
de mandato, que tenham feito referência às demandas históricas da população negra.
Nossa pesquisa teve abordagem qualitativa, bibliográfica e documental, a partir da
qual identificamos características de um mandato popular, que levou à Câmara
Municipal de Campina Grande debates e avanços na luta antirracista.
Descrição:
BARROS, Maria Isabel Soares. Jô Oliveira: Representatividade, pioneirismo e visibilidade negra na Câmara Municipal de Campina Grande- PB. 2022. 66f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2022.