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O ritmo do envelhecimento populacional tem se intensificado no Brasil, em decorrência de fatores tais como o aumento da expectativa de vida, a queda da taxa de fecundidade e aumento da longevidade. De acordo com o IBGE (2021), a porcentagem de indivíduos no grupo de 60 anos e mais saltou de 11,3% para 14,7%, passando de 22,3 milhões para 31,2 milhões de pessoas idosas no Brasil. O envelhecimento é uma característica natural e cronológica que acontece durante o ciclo da vida, é o processo de desgaste do corpo, depois de atingida a idade adulta. A falta de atividade física durante essa fase da vida contribui para a incidência de patologias e outras variáveis relacionadas, a exemplo do sedentarismo, da diminuição da força muscular e da flexibilidade, do baixo condicionamento cardiorrespiratório, da perda da autonomia e demais capacidades físicas e psicológicas do indivíduo. A dança é uma atividade prazerosa e de caráter integrativo que traz diversos benefícios a saúde do idoso além de permitir que o indivíduo realize os movimentos de maneira adaptada e sem esforços intensos, expressando suas emoções e sentimentos, favorecendo a independência em relação as atividades da vida diária garantindo melhor qualidade de vida e a produção de disposição física e mental. O presente estudo tem como objetivo examinar como na literatura especializada a dança é analisada em seu potencial de incremento da integração e da qualidade de vida da população idosa. Para tanto, foram selecionadas 10 publicações nacionais nas bases de dados Google Acadêmico e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), publicadas no período de2017 a 2023. A supra citada revisão indica que: (1) a dança como atividade física regular favorece a socialização, diminui o sentimento de isolamento; (2) melhora as capacidades físicas, como a coordenação motora, o equilíbrio, a flexibilidade, fortalecendo a musculatura dos membros inferiores garantindo melhoria na marcha, melhoria na postura; (3) promove também a melhoria do bem estar psicológico com aumento da autoestima, a diminuição de ansiedade, maior concentração nas atividades de vida diárias, diminuição de estresse, interações pessoais com êxito em expressar sentimentos e emoções, e memória. Conclui-se que a literatura aponta a dança como um meio de intervenção que promove resultados eficazes na qualidade de vida do idoso tanto em seus aspectos físicos quanto nos sociais e psicológicos. Nossa pesquisa também apontou a necessidade de que sejam realizados novos estudos e pesquisas sobre a temática para que se possa compreender melhor o alcance e as limitações dos seus efeitos no processo de envelhecimento saudável abordando diversas modalidades de dança e contribuindo para quebrar o preconceito por parte da população masculina em relação à atividade física aqui focalizada. |
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