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De todos os setores da economia brasileira, o agronegócio é o que vem se
destacando ano após ano, representando parte considerável do Produto Interno
Bruto (PIB) brasileiro atingindo a participação de 24,8 % segundo o cálculo feito
pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) no ano de
2021. Tendo em vista sua importância, o objetivo deste estudo foi analisar as
demonstrações contábeis de alguns dos setores do agronegócio, no período
antecessor e decorrente da COVID 19, a fim de verificar o impacto econômico
financeiro causado pela pandemia. Para atingir este objetivo foram utilizados
procedimentos descritivos com a análise documental das demonstrações, recolhidas
através da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e abordagem quantitativa
utilizando indicadores financeiros de uma amostra de 9 companhias do setor Agro
que estavam listadas dentre as 100 mais importantes, segundo a revista Forbes de
2022. A amostra foi dividida em três setores: Pecuário; agrário e agroenergia,
contendo cada setor três empresas, quais foram pesquisadas no período referente
aos anos de 2018 até o ano de 2021. Os indicadores analisados foram os de
Liquidez Geral, Corrente e Seca, além do Grau de endividamento e o Retorno sobre
o patrimônio Líquido para assim determinar o Fator de Insolvência por meio da
fórmula de Kanitz (1978). A pesquisa assim demonstrou que os indicadores de
liquidez de modo geral sofreram baixa no comparativo de antes e durante o COVID
19, principalmente quando se trata dos indicadores de liquidez de curto prazo
(Liquidez Seca e Corrente), demonstrando queda em sua capacidade em honrar
com seus passivos que não estão a longo prazo. O índice de endividamento obteve
um aumento em todos os setores, indicando que houve aumento de dependência de
capital de terceiros. Em comparativo dos setores, o índice de rentabilidade passou
por uma pequena baixa no setor de agroenergia, um pequeno aumento no setor
agrário e um aumento considerável no setor pecuário. Por fim, o índice de
insolvência sofreu impacto negativo em todos os setores, demonstrando que o risco
de falência aumentou durante o período da pandemia. |
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