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Ao longo dos anos o perfil do profissional contábil sofreu diversas modificações. Até meados do século XX esse profissional era conhecido como guarda-livros responsável pela a elaboração dos livros diário e razão. Nos dias atuais, esse profissional integra a equipe de tomada de decisão. Esse estudo teve como objetivo verificar qual a percepção dos discentes do curso de ciências contábeis de uma universidade pública acerca da imagem associada ao profissional contábil, bem como, qual o perfil profissional contábil dos alunos da amostra. No que se refere a metodologia trata-se de uma pesquisa descritiva, empírica, transversal. Para coleta de dados aplicou-se questionário on-line (Google Forms). A amostra foi constituída por 92 respondentes, que correspondem a 23% do total de discentes da população investigada (400 discentes). Utilizou-se o protocolo de investigação de Arquero e Fernández-Polvillo (2018), Fernández-Polvillo e Vázquez (2018) e Delfino et al. (2021) para coleta dos dados. As respostas foram apreendidas através de uma escala de likert e para melhor compreensão dos resultados fez-se uso da frequência relativa para análise dos mesmos. Os principais resultados encontrados foram: a profissão contábil é percebida como interessante para a maioria dos entrevistados; ao mesmo tempo que consideram que o profissional contábil orienta as pessoas (52,17%) e que eles precisam ter soluções criativas (53,26%) e características de adaptabilidade aos cenários propostos (50%), são vistos como lógicos (76,09%) e rotineiros (65,22%). Infere-se que os resultados são contraproducentes, pois, ao mesmo tempo que a imagem do contador é percebida como rotineira, de caráter lógico, os discentes julgam que esse profissional deve ser proativo (95,65%), ter visão de negócios (95,65%), ter bom relacionamento interpessoal (93,48%), quando avaliam as competências, habilidades e características pessoais. Os resultados, em alguns aspectos, apontam para uma lacuna entre o que se percebe do profissional contábil e o que se almeja que ele seja. Uma vez que, no aspecto inerente à motivação para ingresso na carreira, a ocupação de um cargo de maior prestígio (86,96%) e uma melhor remuneração (86,96%) foram os mais reconhecidos como importantes, o que contribui para uma distorção na imagem da contabilidade, pois, a escolha pela a graduação não está associada a identificação com o curso. |
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