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O presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem como objetivo principal
analisar os desafios que se apresentaram à prática profissional dos/as assistentes
sociais inseridos na política de saúde durante o período pandêmico, discutindo a
importância das orientações e posicionamentos do conjunto CFESS/CRESS a
categoria profissional, a partir das publicações nos anais do XVII Congresso
Brasileiro de Assistentes Sociais (CBASS), de 2022. Para tanto, realizamos uma
pesquisa bibliográfica e documental que teve como principal fonte de dados os
trabalhos publicados nos anais do CBASS do ano mencionado. Na fase do
levantamento de dados identificamos 15 artigos, mas após a leitura dos mesmos
consideramos que apenas 7 correspondiam ao nosso objeto de estudo. A análise
dos referidos artigos foi fundamentada no método crítico dialético, com abordagem
qualitativa. Neste trabalho, inicialmente elaboramos uma breve discussão sobre a
crise sanitária e a trajetória da saúde pública no Brasil, posteriormente, buscamos
evidenciar como se deu o enfrentamento da pandemia e as estratégias utilizadas
pelo governo Bolsonaro. De acordo com a pesquisa realizada, buscamos trazer uma
análise dos desafios que atravessaram a atuação do serviço social na saúde
enquanto profissional que atuou na linha de frente do Covid-19, destacando os
impactos refletidos no cotidiano profissional. Concluímos que tais desafios foram
enfrentados com base nas orientações/direcionamentos do conjunto CFESS/CRESS
aos profissionais assistentes sociais da área da saúde, que orientaram as atividades
profissionais e direcionaram os/as assistentes sociais a se aterem as suas
atribuições e competências, as quais consideramos como de suma importância para
o desenvolvimento das atividades profissionais no cenário assolado pela pandemia.
Nesse contexto, evidenciamos o aumento do desgaste físico e mental dos/as
profissionais frente as longas jornadas de trabalho. Foi um período marcado por
inúmeros desafios que trouxeram impactos para a atuação profissional, dentre eles,
destacam-se: a dificuldade de acesso na distribuição de Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) para a equipe de serviço social; aceleração do ritmo de trabalho;
dilemas éticos e técnicos acarretados pelo trabalho remoto no tocante a resguardar
a privacidade e os direitos dos usuários, dentre outros aspectos. Evidenciamos a
imposição de requisições institucionais indevidas por parte das instituições
empregadoras, que não condizem com as atribuições e competências profissionais
do serviço social na saúde, como a comunicação de óbito e o repasse de boletim
clinico do paciente, reiterando velhas práticas conservadoras que voltaram de forma
acentuada durante a pandemia. |
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