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Os surfactantes e emulsificantes obtidos de forma sintética são amplamente utilizados, porém, são produzidos a partir do petróleo, podendo causar diversos danos ao ambiente. Por esse motivo, pesquisas em busca de biomoléculas surfactantes e emulsificantes vem aumentando. Portanto, esse trabalho teve como objetivo a realização de um estudo biotecnológico visando a produção de biossurfactante e bioemulsificante a partir de um processo de fermentação pelo fungo do gênero Penicillium sp. O local de desenvolvimento dos procedimentos experimentais foi o Laboratório do NUPEA do Centro de Ciências e Tecnologia localizado no Campus I da Universidade Estadual da Paraíba. A produção dos biossurfactantes e bioemulsificantes foi realizada por fermentação submersa, tendo como substratos caldos obtidos a partir das cascas do abacaxi (Ananas comosus) e do abacate (Persea americana), óleo pós-fritura e óleo queimado de motor. A fermentação foi feita em frascos de Erlenmeyer contendo o extrato das cascas de uma das frutas, o óleo pós-fritura ou óleo queimado de motor e glicose, sendo esta mistura mantida a 28 °C durante 115h, sob agitação de 150 rpm. Os biossurfactantes e bioemulsificantes foram avaliados através de testes de tensão superficial, índice de emulsificação, dispersão óleo em água e estabilidade do bioemulsificante. Os resultados encontrados demonstram que a produção dos biossurfactantes e bioemulsificantes foi promissora, tendo os valores de tensão superficial dos líquidos metabólicos variado entre 47,50–69,87 mN/m. Quanto ao índice de emulsificação (%), observou-se que a emulsificação do óleo de soja foi a que apresentou valores mais baixos, variando entre 16-20,83%, porém, a emulsificação do óleo queimado de motor apresentou valores promissores na faixa de 75,86-93,10%. Além disso, após a determinação da altura da emulsão contendo o óleo queimado de motor em diferentes intervalos de tempo, observou-se uma alta estabilidade da emulsão. Os resultados do teste de dispersão também foram promissores, visto que a zona de dispersão apresentou uma área de aproximadamente 70 mm. Portanto, todos os resultados demonstram o potencial do Penicillium sp. na produção de biossurfactantes e bioemulsificantes a partir das cascas do abacaxi e do abacate, do óleo pós-fritura e do óleo de motor queimado. |
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