Resumo:
O gênero Leishmania possui diversos protozoários que podem causar doença clínica em
humanos. Estas infecções podem ser leishmaniose cutânea e leishmaniose visceral. Estas
parasitoses são consideradas doenças negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde e
são endêmicas em 88 países. No Brasil, a doença é endêmica nas áreas rurais, especialmente
nas regiões Norte e Nordeste. O objetivo deste trabalho foi realizar uma busca ativa
especializada nos bancos de dados do Datasus, para obtenção da prevalência e distribuição da
leishmaniose tegumentar americana na população brasileira. Esse foi um estudo transversal,
quantitativo, realizado com dados secundários obtidos através do SINAN DATASUS/Tabnet.
Foram incluídos todos os registros notificados no período de 2018 a 2022. Neste período, a
ocorrência de leishmaniose tegumentar americana apresentou uma leve queda em todas as
regiões do Brasil, tanto no número de casos como em disposição geográfica. As regiões Norte
e Nordeste concentraram o maior número de casos, seguidas das regiões Sudeste e Centro-
Oeste. Os estados que apresentaram as maiores ocorrências médias foram Pará (18,31%),
Minas Gerais (10,97%), Mato Grosso (10,95%), Bahia (8,81%) e Amazonas (8,24%). Juntos,
estes estados responderam por mais de 57% de todos os casos de leishmaniose cutânea no
Brasil, no período estudado. A continuidade de trabalhos que abordem os aspectos
epidemiológicos das leishmanioses pela comunidade científica se faz relevante,
principalmente para que haja conscientização e controle desta e de outras doenças infecciosas
no Brasil, contribuindo assim para o desenvolvimento científico e tecnológico do país.
Descrição:
SILVA, Jéssica Gabriele de Moura. Leishmaniose tegumentar americana: Situação epidemiológica no Brasil. 2023. 37f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2023.